Mostrando postagens com marcador comportamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador comportamento. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de maio de 2012

poesia ao meio dia #6


Um copo de cólera, um gole de dor, diz Wado.
Quero desaparecer.
Entenda bem, desaparecer não morrer!
Não tenho tendências suicidas.
Quero cuidado.
Aquele cuidado sabe.
Seu abraço, e o sumiço da dor.
Que dor?
Não existe dor.
Não existe nada, só um vazio.
Um oco.
O vácuo.

terça-feira, 1 de maio de 2012

poesia ao meio dia #5


Ao aproximar-se repele,
Repelindo atrai,
ao não cativar se mantêm longe.
À distância não se conhece ninguém, 
nem se desvenda mistério algum.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

poesia ao meio dia #4


Transição?
Transitório?
Permamente?
Como abrir portas que ainda que abertas mantém fechos cerrados?
Perder o não ganho?
Caminhar nas entrelinhas de um labirinto sem fim.
Fechar, selar, trancafiar.
Revelar, sentir, voar...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Arquitetura, amor, a vida e seus acontecimentos..



Eu vi The Lake House, quando foi lançado no cinema, e lembro fiquei apaixonada por Chicago porque eu ainda era apaixonada por aquitetura. Os anos se passaram, a paixão pela Arquitetura adoeceu, esteve em coma  profundo. De lá pra cá  me apaixonei muitas vezes, amei, enlouqueci, fiquei cega, adoeci e curei. Hoje, resolvi ver o filme novamente, pela arquitetura, pela história, pelo Keanu Reeves e a Sandra Bullock, para lembrar da história, enfim, abri a caixa de Pandora, dei chance, sentei e fui ver. E sabe quando você descobre que perdeu algumas coisas e não vai reavê-las mais nunca, porque  não tem 'aquela esperança pra você' e você chora o luto de si mesmo?
Porque quando você pensou que aquele pedaço, aquela parte, aquele sentimento, estava somente estragado, descobre que está morto. E tem a certeza do que somente desconfiava.
É simples:
Eu nunca vou amar você,
Você nunca vai poder me amar, 
Não tente mudar isso, porque...
Mesmo que você tente, não é uma coisa que tem conserto.
Eu falo de morte, e inda não existe um remédio pra isso. 
Mas algo bom sempre acontece, a paixão pela Arquitetura saiu do coma e enquanto as lágrimas secam, vejo a Casa da Cascata de Frank Loyd Right.



terça-feira, 3 de abril de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

O escritor Maldito...

E não me perguntem - ou a ele - o porquê de 'Maldito'. Ele é rabugento, 'mau humorado e bem capaz de te dar uma resposta sarcástica e atravessada. Mas quem conhece Fabio Mourão, sabe que por trás dessa rabugice toda, habita um bom moço.



Você está desafiado a conhecer um pouco mais do Maldito nesta entrevista, divirta-se!


1-      Você foi praticamente alfabetizado em casa, isso te deu vantagem sobre as crianças da escola em relação à leitura e interpretação de texto. Você atribui a isso o gosto por literatura?

 Foi mais ou menos assim, minha ‘coroa’ havia sido professora antes de passar em um concurso para uma grande estatal da época. E como era mãe solteira, ela usava os finais de semana para praticar a arte de lecionar comigo. Ela montava uma espécie de ‘escolinha’ na sala com quadro negro e até hora para o recreio, conclusão, aos quatro anos eu já lia tudo. Quando entrei na alfabetização, eles não tinham mais nada pra me ensinar e as professoras sugeriram que me passasse direto para o próximo ano já que eu não conseguia me relacionar direito com meus amiguinhos que ainda descobriam o ‘Aaaaaa’ de abelha enquanto eu já sabia escrever até palavrão. Eu devia me sentir rodeado por retardados,.. Na verdade, essa sensação persiste até hoje.
Sobre o gosto da leitura não sei dizer como surgiu, mas na mesma época minha mãe se viu forçada a assinar os quadrinhos da ‘Turma da Monica’ para mim. Recebíamos uma dúzia de gibis por mês. Eu lia, relia as revistas e depois revendia para meus amigos por metade do preço da banca de jornal!

2-      Você se lembra do primeiro livro que leu, ou um livro que te marcou. Comente.

 Lembro claramente do meu primeiro livro e principalmente do problema que ele me causou. Minha mãe me presenteou com ‘Marcelino Pão e Vinho’, a história de um órfão que é adotado por freis, esse também foi o primeiro filme que ela havia visto no cinema quando criança. Enfim,.. Eu tinha uns sete anos e comecei a devorar o livro no intervalo do recreio do colégio. Me isolava em um canto do pátio e ficava lá lendo meu livrinho sossegado comendo meu pão com mortadela e sorvendo meu químico suquinho Tang quando uma vez fui abordado por três outros alunos que de cara feira entoaram:
-Aí, tu tá muito metido com esse seu livro. Se você continuar com isso nós vamos rasgar você e encher o livro de porrada.
...ou foi o contrário, não lembro bem. Mas desde então eu passei a ler apenas em casa, na maioria das vezes trancado no banheiro.
O livro que me marcou,.. Eu sempre tive medo que me fizessem essa pergunta, justamente porque sei que eu jamais saberia responde-la. Mas digo que um livro que me marcará, será o primeiro que eu lançar.

3-      Escrever foi uma consequência da leitura?

 Escrever foi a única coisa que já me rendeu um elogio sincero. Mas acho que uma coisa independe de outra, conheço bons leitores que não conseguem escrever nem lista de compras sequer.
Para escrever, você precisa ter algo a dizer.

4-      Quais os autores moldaram seu estilo?

 Não sei bem se eu tenho um estilo moldado. Tento sempre fazer algo diferente, diferente de tudo, até mesmo daqueles que me ‘influenciaram’ por assim dizer. Alguns dos meus textos até podem ser associados a alguns escritores subversivos como o velho Bukowski, Burroughs e até Veríssimo. Adoro esses caras, mas a época deles foi outra. Eles viveram e escreveram sobre um estilo de vida mais simples, onde o coração de uma mulher e uma dúzia de cervejas bastavam para compor uma boa história. Hoje em dia convivemos com a internet, smartphones, uma vida hightech,.. essa é a nossa época. Com tantos novos ‘aplicativos’ acaba se exigindo mais do autor na hora de compor um bom texto que prenda a atenção dos leitores de hoje.

5-      Fale da série interativa que você mantém no Dito Pelo Maldito, onde os leitores podem escolher o final.

 Bom, como eu já disse, eu tento fazer as coisas mais diferentes possíveis. Na verdade a serie já acabou e essa primeira temporada funcionou mais como teste para sentir a reação do publico. Mas já planejo uma segunda temporada pra estrear em breve.

6-      Você diversificou bastante seu estilo nos últimos 2 anos, podemos torcer por uma publicação em breve?

 Talvez possam esperar até duas. Só agora me sinto preparado pra encarar esse projeto que já está em andamento e até o meio deste ano teremos um estilo de livro original e totalmente inédito.

7-      O que você está lendo hoje, recomende-nos algo.

 Como nossas editoras parceiras estão sempre nos enviando livros para serem resenhados no blog, nem sempre eu consigo tempo para ler um livro de interesse pessoal. Mas independente disso, todos os livros que leio são resenhados para o blog na sessão ‘Livros mal lidos’.
Sugestão de leitura? Parem tudo. Não leiam nada até meu livro sair, preciso de vossas mentes vazias para que nesse solo infértil eu possa plantar minha semente de mandacaru maldito!


Não conhecia ainda o universo maldito? Acesse: Dito Pelo Maldito@ditopelomaldito 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Mondrian

“A arte é apenas um substituto enquanto a beleza da vida for deficiente. Desaparecerá proporcionalmente, à medida que a vida adquirir equilíbrio.”                         Piet Mondrian*
Propositalmente ou  absurdamente inocente, Mondrian criou um conceito eterno de arte. Poque o germe da inquietude do conceito de beleza não consegue parar, não se satisfaz, está sempre em busca de algo, alguém, mesmo que seja um cor, alguns tons...

*Mondrian 


Pieter Cornelis Mondrian nasceu em 7 de Março de 1872. Foi o segundo filho do professor Pieter Cornelis Mondrian e de sua mulher Johanna Christina Mondrian. Mondrian tinha quatro irmãos: Johanna Christina (Nascida em 1870), Willem-Frederik (nascido em 1874), Louis Cornelis (nascido em 1877) e Carel (nascida em 1880).
Em 1892, Mondrian iniciou os estudos de pintura na academia de Belas-Artes de Amesterdã e tornou-se membro da Igreja reformada. Até 1895 viveu na casa do editor e político protestante Johan Adam Wormser.

Candidatou-se ao concurse o “Prix de Rome”, em 1901, porém saldou-se por um insucesso.

De 1904 a 1905, Mondrian saiu do compo para instalar-se em Uden no Brabante, para pintar. Recebeu o Prêmio “Willink-van-Collen e passou o inverno com o pintor Hulshoff-Pol numa quinta em Oele, durante 1906.
Em Janeiro de 1909, expôs com seus colegas Cornelis Spoor e Jan Sluyters, no “Stedelijk Museum” em Amesterdã. Filiou-se na Sociedade Teosófica. Sua mãe morreu neste mesmo ano.

Mondrian participou, em 1911, na primeira exposição organizada pela Moderna Kunstkring, que apresentou igualmente trabalhos de Picasso e Braque. No fim de Dezembro foi para Paris e, a partir de então, muda seu nome para Piet Mondrian, com um só “A”.

Regressou, em 1914, à Holanda e instalou-se em Larem, 1916, onde viviam vários artistas. O historiador de arte H.P. Bremmer, conselheiro da Colecionadora Mme. Kröller-Müller, concedeu-lhe um salário anual.
Logo no ano seguinte, participou na revista “De Stijl”, que passou a ser publicada mensalmente a partir de Outubro por Theo van Doesburg.
Regressou a Paris em Julho de 1919. Bremmer deixou de o ajudar financeiramente a partir de então. No começo do ano de 1920, Mondrian planejou deixar de pintar. Foi publicado em Paris o seu livro sobre a teoria da arte “Le Neo-Plasticisme” (O Neoplasticismo).

Em 1921, o pai de Mondrian morreu. Em 1925, a Bauhaus publicou no seu caderno nº 5 o ensaio sobre o neoplasticismo sob o título “Neue Gestalung” (A Criação Nova). Escreveu artigos sobre a nova arquitetura e a cidade, que aparecem na revista “i 10”, editada pelo anarquista Arthur Muller-Lenning em 1927. Participou em exposições dos grupos “Cercle et Carré” e “Abstraction – Création”.

Colecionadores internacionais, entre eles os americanos Katherine S. Dreier e A.E. Gallatin, que compraram vários quadros de Mondrian. O seu livro “The New Art – The New Life” não foi publicado.
Recebeu uma encomenda de uma tela para a Câmara da cidade de Hilversum, em 1930. Dois anos depois tem, no lugar do seu 60º aniversário, uma exposição retrospectiva no “Stedelijk Museum” em Amesterdã. Encomendaram-lhe uma tela destinada ao Gemeentemuseum de Haia.Em Setembro de 1938, mudou-se para Londres, onde passou a viver na casa dos artistas Ben Nicholson e Barbara Hepworth em Hampstead.

Embarcou em Setembro de 1940 para Nova Iorque. Aderiu-se à associação dos Artistas Americanos Abstratos e participou em várias exposições. Instituiu como herdeiro universal Harry Haltzmann.
Foi publicado o texto autobiográfico “Toward the True Vision of reality” (Para Uma Verdadeira Percepção da Realidade). em 1941.

Em 1 de Fevereiro de 1944, Piet Mondrian morreu de uma pneumonia. A sua ultima obra, “Victory Boogie-Woogie”, foi deixada incompleta.
Trabalhos mais conceituados:

- Árvores a luz da Lua - 1908

















- A àrvore vermelha - 1908


















- Paisagem - 1909



















- A Igreja de Domburg - 1910






















- O Moinho Vermelho - 1910























- Evolução - 1911


















- A árvore cinzenta - 1912



















- Macieira em flor - 1912


















- Composição (árvore) - 1913





















- Composição com cores B - 1917


Parte da obra, não achei ela completa em bom estado.
























- Tabuleiro com cores claras - 1919




















- Composição com vermelho, amarelo e azul, ano de 1921




















- Composição com amarelo - 1930





















- Broadway Boogie-Woogie - 1942






terça-feira, 13 de março de 2012

Heleno, o filme.

O cinema brasileiro tem se mostrado bastante valoroso no que diz respeito a cultura de resgate: Garrincha, 400 contra um, Olga, Zuzu Angel, 5x favela... Entre tantos outros.
O cinema nacional, cresceu, amadureceu, se consolidou e mostrou à que veio, mesmo em meio às caras retorcidas tem sido firme em seu propósito: mostrar que com certas limitações podemos e fazemos bons filmes.
Taí mais um exemplar da máquina cinematográfica que somos quando nos propomos a isso: Heleno. 
História do ídolo Botafoguense dos anos 30, oriundo de família rica que decidiu ser jogador de futebol. Boêmio, elegante, ótimo cabeceador. Um jogador raçudo, apaixonado pelo seu time e assombrado por uma vida pessoal turbulenta. Uma ótima trama, que poderia facilmente ser adaptada aos dias de hoje, mas manteve-se fiel,nos mostrando como foi o nosso primeiro jogador estrela, midiático e como foi seu fim.
Segue o trailer pra dar um gostinho.  Não perca! 



 

crônicas de botequim #1 a vida

Para ler escutando...

 


Estranho como algumas coisas acontecem. Vejo a cada dia e em pequenas coisas a amizade que eu já julgava há tempos esquecida. Vamos lá, colocar algumas coisas no lugar.
Ontem um domingo a tarde como outro qualquer fui ao bar com um amigo, só uma coisa estava diferente das últimas vezes, estávamos os dois solteiros. Eu de um relacionamento de 6 meses e ele de um de quase 6 anos.
Uma boa conversa de irmãos mesmo. Vimos a importância de pessoas e atitudes que antes passavam despercebidas.
Como cada amigo que temos e que realmente se preocupa e não só liga para sair, ele sim liga um dia a tarde pra saber como você está, simples assim e sem motivo.
São pessoas que não importa o tempo que ficaram “distantes” elas estavam o tempo todo torcendo e por você e ali pra te levantar se algo ruim viesse a acontecer.
Todo papo de bar tem o seu momento nostalgia. É estranho mas depois de ontem me sinto mais leve e forte, pois sei que os verdadeiros amigos estão ali.
Desculpem aqueles que se preocuparam comigo. Por tudo que tem acontecido e minha cabeça dura em não perceber que vocês só estão assustados, assim como eu estou.
Me sinto privilegiado em ter pessoas tão especiais e que tenho o maior orgulho de chamar simplesmente de amigos
.

        autor anônimo

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pedro Caetano, o artista.

Quando pensei nesse blog, e socializar arte foi exatamente o que esse post vai fazer: trazer o artista de verdade e dá-lo ao público de presente. Não que com isso me ache a 'fodona das interwebs', mas eu sei que a cada um que receba e se deixe alcançar, vai ter uma doce surpresa.

Hoje eu apresento o Pedro Caetano. Um querido amigo de Maceió, nos conhecemos através da arquitetura e logo a botecagem e a música nos aproximaram. Hoje o Pedro é artista plástico: pinta. Eu fiz umas perguntas e segue a conversa que tivemos na íntegra junto com algumas de suas telas, e em seguida o link para sua galeria de imagens:

As Marias Bonitas
"O contato com o universo da arte aconteceu muito cedo e de forma muito natural através da música sempre presente na casa dos meus pais, ora como plano de fundos aos acontecimentos, ora como agente aglutinante de amigos. Sempre tinha um violão num canto da sala, ou algum amigo da família ou que era músico ou que tinha intimidade com algum instrumento musical.

O desenho surgiu talvez de forma simultânea que a música. Porém ambos de forma muito informal. Gostava das aulas de desenho-livre, que muitos pais julgam inúteis, diferente das matérias de lógica, ciências. Como afirma Betty Edwards, Isto demonstra desde cedo que a nossa educação se detém em demasia nos valores racionais, não querendo fazer nenhuma espécie de aversão ao racionalismo e ao pragmatismo que tanto ajuda nossas vidas, mas apenas uma ressalva de que nós necessitamos também de uma educação que alimente nossa imaginação, que também desenvolva nosso lado cognitivo, nossa percepção das coisas, e que nos torne mais criativos.

Porque negar a criatividade?

A Criatividade não é uma coisa restrita apenas aos artistas ou pessoas que trabalham com criação, a criatividade pode ser usada na vida de qualquer pessoa para a resolução de problemas de qualquer natureza. Então acredito que existe esta lacuna ausente na formação das pessoas. Onde a educação deve cumprir este papel. Voltando ao assunto “apanhei” para aprender a escrever, fui o último da sala... Sempre tive mais facilidade com o mundo das imagens, mas nem por isso rejeitei a importância da lógica.
Então eu acredito no poder de transformação que a arte e a educação possuem, acredito que tornam as pessoas melhores, porque da mesma forma que o corpo tem necessidade de se alimentar, nosso espírito precisa de se alimentar de cultura, música, literatura...etc.
Quem é que ia agüentar viver sem ouvir música? Sem ver um filme? sem alguma coisa que elevasse o nosso espírito diante da realidade que tantas vezes se torna uma mesmice?
Portanto eu concluo que arte não é inútil e muito menos coisa fútil. Agora a inutilidade, o lixo também pode servir de matéria prima para inspirar uma idéia, o projeto da casa...um papel amassado pode revelar uma forma...sei lá.
Um de vós


Democratizar a arte num país de terceiro mundo é realmente um desafio, por conta da situação em que poucos tem acesso a informação, em outras palavras o povo não tem nem o que comer, como é que eles vão querer saber de porcaria de arte? Nunca. Primeiro tem que matar a fome. Mas isso já é outro assunto.

Antes de fazer o curso de arquitetura pensava em ser músico, mas não deu pra mim, e vi logo que não era pra mim,e fiquei só nas rodinhas de violão mesmo hehehe!(só sabia que tinha vontade de expressar muita coisa), então...
...escolhi a arquitetura como minha profissão pela relação que a mesma possui com os desenhos, mas logo me certifiquei enquanto estudante de que a profissão não permite tanta liberdade criativa assim... E sim pé nó chão, racionalismo, funcionalismo além de adequar a questão estética é claro. Alem disso é produto de um mercado de uma série de questões variáveis que não são definidas única e exclusivamente pelo arquiteto, que por isso, a meu ver, não merece o status de arte.
Em arquitetura quem é o artista é o mercado, o cliente, e o dinheiro que no final das contas é quem determina tudo, e isso não é uma ironia.
Hoje tenho a pintura sempre ao meu lado como equilíbrio e quase necessidade fisiológica... Parafraseando Pessoa, Criar é preciso, viver nem tanto. Uso a pintura para exercitar minha imaginação, personalidade, minha ficção. É onde eu acho respiração e liberdade.
Então procuro exercer meu lado pragmático e lógico fazendo arquitetura, enquanto na outra mão eu tenho a pintura que faz com que exercite a imaginação, liberdade, e o descontrole.
Cadeiras e pensamentos 100 x 170


O momento da criação é sempre muito inconstante, inesperado. É um momento também de aflição porque você se depara com uma tela em branco e ela te pergunta: e aí? Voce vai fazer o que em mim? Então eu vou ‘fazendo’, não pode pensar muito não, caso contrário fica robotizado e artificial, quase uma mentira. Agora não estou pintando com tanta freqüência porque a vontade vai acumulando, e vem mais forte, é parecido com mijar. O problema é saber quando ela está pronta, o quadro tem que me convencer, se alguém achar bonito ou legal, mas não me convencer, não adianta. Tenho que mudar e continuar, senão será uma mentira. Então eu me guio pela satisfação para dar cabo a um quadro.

Somos todos influenciados por tudo, por nossa cultura, nosso momento histórico, político, somos influenciados conscientemente e inconscientemente.
Dos pintores que tenho influência ou que admiro, lembro de Gil Vicente, Aldemir Martins, Antonio Bandeira, Di Cavalcanti, Francisco Brennand, Jean Michel Basquiat, e obviamente Matisse e Picasso.
Nordestália


Não sei se cabe definir o que eu faço, até porque eu não sei.  Vou explicar porque. Muita gente costuma diferenciar a grosso modo a pintura de duas formas: a figurativa e a abstrata. Eu procuro uma situação intermediária porque eu vejo abstração na figuração e figuração na abstração. Ao mesmo tempo gosto de usar a pincelada não prevista, a mancha que não se contém, isto é, procuro dar espaço ao improviso e a liberdade. Segundo Bobby Mcferrin, a criatividade está no equilíbrio entre o improviso e a técnica. Se você controle demais o processo com a técnica, você não tem alma, fica robotizado, você não tem nada. Da mesma forma que se você fica sempre dando voz ao improviso toda hora, você não tem disciplina, e não tem técnica. Eu procuro esse equilíbrio nos meus quadros, entre técnica e emoção e entre figuração e abstração. Então pode ser uma pintura emocional, figurativa mas também abstrata que possui técnica...não sei se classificação diz alguma coisa... o que importa é ver, sentir, ouvir e viver.
O macho, a fêmea, o bicho e a flor...meu amor


Tenho orgulho de várias telas. É muito difícil escolher uma só. É mais fácil escolher uma de cada série. Existe grande apego emocional.

O melhor quadro é sempre aquele que a gente ainda vai fazer, aquele que vai dar continuidade a minha atividade de pintor...porque se ele já foi feito, não tem porque pintar mais, não é mesmo? Então eu não tenho o melhor quadro, mas sim alguns dos quais me orgulho de ter feito." 


Pedro é Cearense de nascimento e segundo sua amiga Flora Vaz
 " cresceu e descobriu o mundo em Alagoas".   
Quer ver mais obras do Pedro? Acesse seu álbum no Flickr do Botequim, que vai ser sempre alimentado à medida que ele envie as imagens. Aprecie.

Quer ver as telas do Pedro de pertinho?
Dia 19 de Abril na Fundação Pierre Chalita, em Maceió.

Quer manter contato com Pedro?
Acesse seu Facebook.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Botequim da esquina

Esse cara da capa do livro, é Picasso. O Pai do Cubismo


Faz quase de um ano que tento desengavetar um blog sobre arte e cultura, porém sob algumas exigências:
- Que não seja chato.
- Que seja acessível, compreensível, de linguagem barata... 
- Que vá desde arte pré-colombiana até o artista que trabalha com lixo reciclado. 
Do 'culto' ao 'empírico';
Mas que acima de tudo promova diálogos.
Ok. Tudo bem... desenhei meu formato.
- Qual vai ser o nome?
- Como fazê-lo?
- Por onde começar?
Isso levou de maio de 2011 até hoje para ser descoberto e de fato ainda não o foi.
A melhor maneira de fazê-lo é fazendo, a melhor maneira de acertar é errando, a melhor maneira de começar, claro, é começando.
Estava quase a ponto de parir, mas sem saber o que ainda. Peguei meu querido ' 501 Grandes artistas' (editora Sextante) - não é o meme, é um ótimo livro -. Fui pra espreguiçadeira e comecei a folhear, sem saber o que buscava, porém com a sensação de que quando achasse saberia.
George Grosz
- Bingo!!!! George Grosz me seduziu de cara. Foi curto e grosso com esse homem sorrindo sarcasticamente e a essa aprendiz de boneca inflável com os peitos de fora.
Me soou agradável e me levou para todas as aulas de história da arte e do design, todos os livros grandes, grossos e caros e as horas de leitura e pesquisa, Grosz definitivamente de resgatara. Minha cabeça fervilhava, desejei uma cerveja e as boas companhias de sempre, e de antes.



Decidido, nada soava melhor que 'Botequim da esquina', aquele em que vamos de bermuda e chinelo, beber cerveja gelada e falar amenidades, resgatar lembranças, criar novas lembranças.
E aqui estou eu, estamos nós, após nove meses de gestação abrindo meu boteco.
Chegue, sente-se. Sirva-se. Fique à vontade.




quinta-feira, 5 de maio de 2011

Feito de tudo

Nasceu!
Muitos já ouviram falar desse projeto de escrever sobre artes em geral, já pedi obras a alguns, fotos a outros, dica à todos... Rsrsrs
Hoje começamos bemmm devagarzinho ainda, mas cheios de idéias, sem muitas pretenções.
Pensei o dia todo nesse texto de introdução, mas não dá pra definir em palavras, para  que algo nasça de verdade é necessário ação, movimento, MOV...
Mesmo que seja uma fração de movimento, um estalar de dedos, um piscar de olhos e tudo muda. Nasce, Renasce...
É isso, sejam benvindos!
moviMENTE-se!