Mostrando postagens com marcador arte moderna. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador arte moderna. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 22 de março de 2012

O escritor Maldito...

E não me perguntem - ou a ele - o porquê de 'Maldito'. Ele é rabugento, 'mau humorado e bem capaz de te dar uma resposta sarcástica e atravessada. Mas quem conhece Fabio Mourão, sabe que por trás dessa rabugice toda, habita um bom moço.



Você está desafiado a conhecer um pouco mais do Maldito nesta entrevista, divirta-se!


1-      Você foi praticamente alfabetizado em casa, isso te deu vantagem sobre as crianças da escola em relação à leitura e interpretação de texto. Você atribui a isso o gosto por literatura?

 Foi mais ou menos assim, minha ‘coroa’ havia sido professora antes de passar em um concurso para uma grande estatal da época. E como era mãe solteira, ela usava os finais de semana para praticar a arte de lecionar comigo. Ela montava uma espécie de ‘escolinha’ na sala com quadro negro e até hora para o recreio, conclusão, aos quatro anos eu já lia tudo. Quando entrei na alfabetização, eles não tinham mais nada pra me ensinar e as professoras sugeriram que me passasse direto para o próximo ano já que eu não conseguia me relacionar direito com meus amiguinhos que ainda descobriam o ‘Aaaaaa’ de abelha enquanto eu já sabia escrever até palavrão. Eu devia me sentir rodeado por retardados,.. Na verdade, essa sensação persiste até hoje.
Sobre o gosto da leitura não sei dizer como surgiu, mas na mesma época minha mãe se viu forçada a assinar os quadrinhos da ‘Turma da Monica’ para mim. Recebíamos uma dúzia de gibis por mês. Eu lia, relia as revistas e depois revendia para meus amigos por metade do preço da banca de jornal!

2-      Você se lembra do primeiro livro que leu, ou um livro que te marcou. Comente.

 Lembro claramente do meu primeiro livro e principalmente do problema que ele me causou. Minha mãe me presenteou com ‘Marcelino Pão e Vinho’, a história de um órfão que é adotado por freis, esse também foi o primeiro filme que ela havia visto no cinema quando criança. Enfim,.. Eu tinha uns sete anos e comecei a devorar o livro no intervalo do recreio do colégio. Me isolava em um canto do pátio e ficava lá lendo meu livrinho sossegado comendo meu pão com mortadela e sorvendo meu químico suquinho Tang quando uma vez fui abordado por três outros alunos que de cara feira entoaram:
-Aí, tu tá muito metido com esse seu livro. Se você continuar com isso nós vamos rasgar você e encher o livro de porrada.
...ou foi o contrário, não lembro bem. Mas desde então eu passei a ler apenas em casa, na maioria das vezes trancado no banheiro.
O livro que me marcou,.. Eu sempre tive medo que me fizessem essa pergunta, justamente porque sei que eu jamais saberia responde-la. Mas digo que um livro que me marcará, será o primeiro que eu lançar.

3-      Escrever foi uma consequência da leitura?

 Escrever foi a única coisa que já me rendeu um elogio sincero. Mas acho que uma coisa independe de outra, conheço bons leitores que não conseguem escrever nem lista de compras sequer.
Para escrever, você precisa ter algo a dizer.

4-      Quais os autores moldaram seu estilo?

 Não sei bem se eu tenho um estilo moldado. Tento sempre fazer algo diferente, diferente de tudo, até mesmo daqueles que me ‘influenciaram’ por assim dizer. Alguns dos meus textos até podem ser associados a alguns escritores subversivos como o velho Bukowski, Burroughs e até Veríssimo. Adoro esses caras, mas a época deles foi outra. Eles viveram e escreveram sobre um estilo de vida mais simples, onde o coração de uma mulher e uma dúzia de cervejas bastavam para compor uma boa história. Hoje em dia convivemos com a internet, smartphones, uma vida hightech,.. essa é a nossa época. Com tantos novos ‘aplicativos’ acaba se exigindo mais do autor na hora de compor um bom texto que prenda a atenção dos leitores de hoje.

5-      Fale da série interativa que você mantém no Dito Pelo Maldito, onde os leitores podem escolher o final.

 Bom, como eu já disse, eu tento fazer as coisas mais diferentes possíveis. Na verdade a serie já acabou e essa primeira temporada funcionou mais como teste para sentir a reação do publico. Mas já planejo uma segunda temporada pra estrear em breve.

6-      Você diversificou bastante seu estilo nos últimos 2 anos, podemos torcer por uma publicação em breve?

 Talvez possam esperar até duas. Só agora me sinto preparado pra encarar esse projeto que já está em andamento e até o meio deste ano teremos um estilo de livro original e totalmente inédito.

7-      O que você está lendo hoje, recomende-nos algo.

 Como nossas editoras parceiras estão sempre nos enviando livros para serem resenhados no blog, nem sempre eu consigo tempo para ler um livro de interesse pessoal. Mas independente disso, todos os livros que leio são resenhados para o blog na sessão ‘Livros mal lidos’.
Sugestão de leitura? Parem tudo. Não leiam nada até meu livro sair, preciso de vossas mentes vazias para que nesse solo infértil eu possa plantar minha semente de mandacaru maldito!


Não conhecia ainda o universo maldito? Acesse: Dito Pelo Maldito@ditopelomaldito 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Mondrian

“A arte é apenas um substituto enquanto a beleza da vida for deficiente. Desaparecerá proporcionalmente, à medida que a vida adquirir equilíbrio.”                         Piet Mondrian*
Propositalmente ou  absurdamente inocente, Mondrian criou um conceito eterno de arte. Poque o germe da inquietude do conceito de beleza não consegue parar, não se satisfaz, está sempre em busca de algo, alguém, mesmo que seja um cor, alguns tons...

*Mondrian 


Pieter Cornelis Mondrian nasceu em 7 de Março de 1872. Foi o segundo filho do professor Pieter Cornelis Mondrian e de sua mulher Johanna Christina Mondrian. Mondrian tinha quatro irmãos: Johanna Christina (Nascida em 1870), Willem-Frederik (nascido em 1874), Louis Cornelis (nascido em 1877) e Carel (nascida em 1880).
Em 1892, Mondrian iniciou os estudos de pintura na academia de Belas-Artes de Amesterdã e tornou-se membro da Igreja reformada. Até 1895 viveu na casa do editor e político protestante Johan Adam Wormser.

Candidatou-se ao concurse o “Prix de Rome”, em 1901, porém saldou-se por um insucesso.

De 1904 a 1905, Mondrian saiu do compo para instalar-se em Uden no Brabante, para pintar. Recebeu o Prêmio “Willink-van-Collen e passou o inverno com o pintor Hulshoff-Pol numa quinta em Oele, durante 1906.
Em Janeiro de 1909, expôs com seus colegas Cornelis Spoor e Jan Sluyters, no “Stedelijk Museum” em Amesterdã. Filiou-se na Sociedade Teosófica. Sua mãe morreu neste mesmo ano.

Mondrian participou, em 1911, na primeira exposição organizada pela Moderna Kunstkring, que apresentou igualmente trabalhos de Picasso e Braque. No fim de Dezembro foi para Paris e, a partir de então, muda seu nome para Piet Mondrian, com um só “A”.

Regressou, em 1914, à Holanda e instalou-se em Larem, 1916, onde viviam vários artistas. O historiador de arte H.P. Bremmer, conselheiro da Colecionadora Mme. Kröller-Müller, concedeu-lhe um salário anual.
Logo no ano seguinte, participou na revista “De Stijl”, que passou a ser publicada mensalmente a partir de Outubro por Theo van Doesburg.
Regressou a Paris em Julho de 1919. Bremmer deixou de o ajudar financeiramente a partir de então. No começo do ano de 1920, Mondrian planejou deixar de pintar. Foi publicado em Paris o seu livro sobre a teoria da arte “Le Neo-Plasticisme” (O Neoplasticismo).

Em 1921, o pai de Mondrian morreu. Em 1925, a Bauhaus publicou no seu caderno nº 5 o ensaio sobre o neoplasticismo sob o título “Neue Gestalung” (A Criação Nova). Escreveu artigos sobre a nova arquitetura e a cidade, que aparecem na revista “i 10”, editada pelo anarquista Arthur Muller-Lenning em 1927. Participou em exposições dos grupos “Cercle et Carré” e “Abstraction – Création”.

Colecionadores internacionais, entre eles os americanos Katherine S. Dreier e A.E. Gallatin, que compraram vários quadros de Mondrian. O seu livro “The New Art – The New Life” não foi publicado.
Recebeu uma encomenda de uma tela para a Câmara da cidade de Hilversum, em 1930. Dois anos depois tem, no lugar do seu 60º aniversário, uma exposição retrospectiva no “Stedelijk Museum” em Amesterdã. Encomendaram-lhe uma tela destinada ao Gemeentemuseum de Haia.Em Setembro de 1938, mudou-se para Londres, onde passou a viver na casa dos artistas Ben Nicholson e Barbara Hepworth em Hampstead.

Embarcou em Setembro de 1940 para Nova Iorque. Aderiu-se à associação dos Artistas Americanos Abstratos e participou em várias exposições. Instituiu como herdeiro universal Harry Haltzmann.
Foi publicado o texto autobiográfico “Toward the True Vision of reality” (Para Uma Verdadeira Percepção da Realidade). em 1941.

Em 1 de Fevereiro de 1944, Piet Mondrian morreu de uma pneumonia. A sua ultima obra, “Victory Boogie-Woogie”, foi deixada incompleta.
Trabalhos mais conceituados:

- Árvores a luz da Lua - 1908

















- A àrvore vermelha - 1908


















- Paisagem - 1909



















- A Igreja de Domburg - 1910






















- O Moinho Vermelho - 1910























- Evolução - 1911


















- A árvore cinzenta - 1912



















- Macieira em flor - 1912


















- Composição (árvore) - 1913





















- Composição com cores B - 1917


Parte da obra, não achei ela completa em bom estado.
























- Tabuleiro com cores claras - 1919




















- Composição com vermelho, amarelo e azul, ano de 1921




















- Composição com amarelo - 1930





















- Broadway Boogie-Woogie - 1942