sexta-feira, 27 de abril de 2012

Crônicas de botequim # 2 - o amor


Eu só conheço um tipo de amor: o que não se cansa de amar.
Me custou muito pra entender que eu só sei amar assim, pra sempre.
Não consigo amar por etapas, por partes, em pedaços, porções e pior: desamar.

Inteira, intensa, com mira e alvos definidos. 
Olhos fixos num ponto, pupilas dilatando, exalando cheiro e beijo, desejo e alma.
Meu amor compreende, me educa, quer bem, deseja e mesmo que doa - em algum momento  dói, machuca - continua a amar.

Meu amor sonha, cuida de perto, ao longe, se debulha inteiro num olhar e se recompõe com um sorriso.
Meu amor traz pra mim Caetano e Chico, Rodrigo e Marcelo, Lirinha e Leandra, Tom e Vinícius...

Me alimenta de Nando e Samuel, Lenine e Zeca, Miles e Coltrane, Aretha e Billie...

Meu amor. O amor, como todo amor não precisa de provas, aceita simplesmente o que da.
O amor.  Meu amor, partilha vida, aplaina caminhos, corre na chuva, vela o sono...

Meu amor, ama.
O AMOR MUDA,MAS NUNCA DEIXA DE AMAR.

É incompreensível, mas o amor, o meu amor é de viver, não compreender.

Também não único, é multi.
É tudo.

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