sexta-feira, 2 de março de 2012

Júlia Nogueira, uma mutação constante.

Olá, antes de mais nada quero agradecer pelos acessos e visitas, tem mais um pouquinho de botequim no Facebook, vai lá é só dar like na Fanpage.

Eu lutei comigo mesma pra tirar a visão que eu tenho de Júlia Nogueira: ' a menina maluquinha', 'a irmã mais nova de uma das minhas melhores amigas', ela continua sendo tudo isso, mas ela não é mais uma menininha, é uma mistura louca de Pequeno Príncipe, Chapeleiro Maluco e Amelie Poulain. rsrsrrs Só isso, Vanessa? - Não.     Ela poderia facilmente ser encontrada em qualquer editorial de moda das grandes revistas fashionistas do mundo...

Making off de Libertaire

É mais uma Alagoana que nasceu no berço da arquitetura que criou assas, voou e fez seu ninho no Design.
Júlia tem é dona de uma habilidade bastante peculiar: capturar sentimentos e transformá-los em arte. E outra ainda mais particular: Júlia consegue estar em cada detalhe do seu trabalho, eu vejo seu rosto, seus olhos, suas mãos, sua essência nos pássaros, flores, elefantes e arabescos, características marcantes da artista.

Segue a entrevista na íntegra e alguns trabalhos da bela:

1. Eu testemunhei a inquietude que te fez migrar da arquitetura para o Design, quando você sentiu ter 'feito a coisa certa'?
Assim que eu entrei no curso, nas primeiras aulas eu já pude notar a diferença, o direcionamento que os professores faziam dos assuntos, a forma como eles abordavam e principalmente a liberdade de criação que eu tive, eu percebi o quanto eu me identificava com tudo aquilo, e nem pensei ou sequer senti saudades de arquitetura, eu me sentia muito podada em tudo que eu fazia no antigo curso, em design não, os professores tinham/tem a cabeça muito mais livre aberta as idéias dos alunos, eu me senti motivada e muito mais encaixada, foi realmente onde eu me encontrei. 
Vincent Van Goh, o pássaro

2. Sua arte é singular, particular e única, de uma delicadeza extrema. Você utiliza um simbolismo bebido claramente das figuras orientais (zen, budistas, um toque de elementos indianos, hindus), foi intencional ou quando você percebeu estava imersa neles e eles em você?
Foi intencional, sempre senti uma atração muito forte por esses elementos, e quando comecei a estudar semiótica tudo se desanuviou, eu comecei a entender realmente o que eles transcendiam, na verdade comecei a entender o que eu já sentia, e aí eles foram ficando cada vez mais fortes dentro de mim e eu neles. 
Rascunho

3.Como você enxerga seu papel, tão jovem, no hall dos artistas alagoanos mais bem conceituados? A que/quem você atribui?
Tem sido uma novidade surpreendente pra mim, pois sempre admirei o trabalho de todos eles e nunca tive pretensão alguma de chegar a ser reconhecida, meu trabalho é muito pessoal, introspectivo e nada comercial, talvez por isso eu nunca tenha imaginado esse reconhecimento de hoje. Atribuo primeiramente aos amigos e em especial a Francisco Oiticica, meu curador da primeira exposição, a Libertaire, que foi de onde tudo realmente tomou forma e corpo, depois a mim mesma, e talvez aos conflitos e barreiras que sempre enfrentei dentro do âmbito familiar, bloqueios que eu tinha, a repressão que sempre sofri por seguir uma linha não tão convencional, dificuldade em me expressar verbalmente, tudo isso junto causava um turbilhão de coisas a serem libertadas, nesse momento descobri a arte como forma de libertação..e aí nasceu a LIBERTAIRE, exposição totalmente voltada aos meu sentimentos infantis, eu decidi voltar as minhas essências, ao lado mais puro e vívido de mim e comecei a transpor isso em cores e formas.
Tela'Amor

4.Como é seu processo de reabastecimento entre uma série e outra?
Eu observo tudo a minha volta, sempre tô criando coisas na minha mente, sou muito hiperativa, e detalhista no meu observar, gosto de minúcias, onde aparentemente não tem nada eu enxergo um mundo de possibilidades, além de adorar ler, ler me faz refletir, faz a mente respirar melhor, busco referenciais também, pela internet mesmo, tenho descoberto o trabalho de artistas incríveis, e um pouco daqui e dali saio colhendo remendos de tudo que admiro depois junto tudo, enxugo e me concentro em mim, daí as coisas vão fluindo, são várias etapas. 
Entardecer

5. Quais seus planos de 'dominar o mundo' rsrsrsrrs?
kkkkkkkkkk! Pretendo estender minha arte, o mundo que ela vai habitar eu ainda não sei... de repente o que ela escolher, mas meus anseios hoje se resumem a evoluir, transcender cada vez mais, quero trabalhar com várias vertentes artísticas, e entrelaçar isso ao design, de móveis, estamparias, objetos, luminárias e espelhos também são uma paixão, quero poder criar um ambiente inteiro só com peças e telas minhas, adoro intervenções grandiosas em meios públicos, interagir com o meio urbano trazendo o espectador pra dentro da coisa sabe, esse eh o mundo que eu quero dominar.

6. Não sei o quanto online você é, por isso vai o questionamento, você utiliza de alguma rede social para divulgar suas obras? Se sim, quais.
Sou muito online, (: Preciso disso, é informação as pencas de tudo e por todos os lados, o que há de mais novo sempre é lançado pela internet, hoje me utilizo do facebook mesmo, ja fiz blog, fotolog, e flickr mas nunca tenho paciência pra ficar atualizando essas coisas, o mais prático, fácil e rápido, e que hoje me traz uma vitrine maior tem sido o facebook.









Júlia Nogueira é Alagoana, residente em Maceió.
Você pode encontrar mais trabalhos dela aqui:

- Meus, eu.

- The Little Prince.

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